“Operação-Almirante” foi o nome dado a uma investigação feita pela PJ em grande escala, que consistiu em mais de 100 buscas por diversas cidades portuguesas, incluindo a da Figueira da Foz, resultando em 14 detenções de indivíduos suspeitos de cometerem transacções fraudulentas superiores a 2,2 milhões de euros.
A actividade criminosa passava pela constituição sucessiva de uma complexa cadeia de empresas, na sua maioria de venda de equipamentos informáticos em plataformas ‘online’, que operavam executando os actos necessários para se “enriquecerem” com as quantias de IVA recebidas da venda desses produtos a clientes finais, num esquema típico da `Missing Trader Intra-Community (MTIC) Fraud, que lesa os cofres da União Europeia, explicou a PJ, em comunicado.
No decurso desta operação policial, que se enquadra no âmbito de uma operação de “grande amplitude” com realização de diligências de recolha de prova na Alemanha, França, Itália, Espanha, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, República Checa, Hungria, Grécia, Roménia, Eslováquia, Grécia, Áustria, Lituânia e Chipre, foram apreendidos carros, bens de luxo, material informático, documentação e dinheiro, referiu.
A operação policial envolveu cerca de 250 elementos da PJ de diversos departamentos, 35 elementos da Administração Tributária, além de um magistrado judicial, um procurador Europeu e dois procuradores Europeus Delegados Portugueses.