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Figueira: “Região autónoma – território de paz”

O Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos foi, à semelhança de anos anteriores, palco da sessão solene do Dia da Cidade e da entrega de distinções honoríficas a entidades e personalidades diversas, promovida pela Câmara Municipal da Figueira da Foz ao final da manhã do feriado municipal.

Pedro Santana Lopes defendeu a ideia de que “tendo em conta a realidade do país, a Figueira tem de ser gerida, tratada, olhada e por ela se lutar como uma região autónoma.” O mesmo frisou que é necessário “lutar por vezes pela sua presença”, por muita solidariedade que os órgãos intermunicipais demonstrem, que não nega e reconhece.

Pedro Santana Lopes voltou, uma vez mais, a afirmar que a Figueira da Foz faz parte região mais esquecida de Portugal, apesar de integrar também a CIM. “Por vezes é preciso um tom diferente na música que cantamos. E às vezes desafinamos ou afinamos por aquele que é o nosso diapasão, mas não podemos fazê-lo em relação ao diapasão geral.” E não é por termos “a mania que somos especiais”, apenas porque “somos Figueira”, referiu.

O edil figueirense lembrou o “momento singular, excecional” que o concelho está a viver ao nível de investimentos e obras”, o qual considera que se conjuga não devido a si, nem a quem o antecedeu, mas sim “por força da providência e por causa da natureza”, que dotou a Figueira com a maior plataforma para instalação das eólicas offshore.

O autarca salientou que os tempos são muito desafiantes na área das tecnologias e que “o setor da educação lidera o salto para o progresso que é exigido pelos tempos que vivemos”. A esse propósito, Santana Lopes, lembrou que tendo o município a responsabilidade da educação, no próximo ano irá haver “uma tarefa que vai ser principal para todos nós comunidade”, que é a de “ensinarmos, formarmos e instruirmos os nossos jovens nestas novas matérias. Vamos ter de incluir uma área de aprendizagem, em relação à qual já se deram os primeiros passos, de formação das crianças para não serem apanhadas de surpresa por estas novas capacidades tecnológicas e nós queremos que a Figueira seja liderante nesse domínio”, frisou.

O presidente da autarquia figueirense referiu que “vamos viver tempos de revolução imensa”, nomeadamente a propósito da Inteligência Artificial e de todo “um mundo novo que está à porta”, não só à nossa como dos empresários.

A finalizar a sua intervenção, Santana Lopes defendeu que “temos a obrigação de homenagear a paz”, pois a Figueira da Foz é uma terra de enorme tradição na liberdade, na luta contra todas as formas de opressão, referiu o autarca, que declarou que iria propor à Câmara e à Assembleia Municipais declarar o concelho “Terra de Paz”.

Este ano o Município da Figueira da Foz distinguiu um total de 19 personalidades e entidades que se destacaram pelos serviços prestados ao concelho, através do seu trabalho, da sua arte ou da sua dedicação e que Santana Lopes considerou, independentemente do tipo de relação tida com as mesmas, enquanto instituição e no âmbito do exercício do cargo exercido, ter o dever de reconhecer.

A sessão contou com três momentos musicais. “Dueto das Flores” da Ópera Lakmé, interpretado por Joana Ferreira e Nathalie Gal, professoras do Conservatório de Música David de Sousa;  “Amor a Portugal”, a cargo da Escola de Artes CAE e da Associação Pequenas Vozes da Figueira da Foz, com Carla Bernardino, Maria Pleno, Guilherme Lima (voz) e Alexandra Curado (piano), e a “Marcha do Vapor”, interpretada por Rita Ruivo e acompanhada ao piano por Vítor Ferreira.

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