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Fábrica de máscaras criada em 2020 na Figueira da Foz já exporta 25% da produção

A empresa Walking Habit nasceu na Figueira da Foz durante a pandemia covid-19 para produzir máscaras de protecção e já exporta 25% da sua produção, que atinge mais de quatro milhões de dispositivos mensais.

“Hábito de Caminhar (Walking Habit) representa a vontade de ultrapassar todos estes problemas que estamos a enfrentar em conjunto e fazer parte da solução” disse à agência Lusa Hélder Sousa, proprietário desta unidade.

O empresário justifica a iniciativa com as dificuldades sentidas pela população no início da pandemia para adquirir “uma máscara ou outro tipo de equipamento de protecção para uso individual a preços aceitáveis no mercado”.

A empresa produz máscaras cirúrgicas e aparelhos de protecção respiratória da categoria FFP2, no âmbito de um projeto de 600 mil euros aprovado e apoiado pelo programa “Covid-19 Produção”, com uma comparticipação de 80% da União Europeia.

A unidade foi instalada num armazém devoluto com cerca de 1.200 metros quadrados, que foi reabilitado, e iniciou a comercialização em Outubro, depois de um mês de testes e acreditação da qualidade.

Com um fabrico mensal de cerca de três milhões de máscaras cirúrgicas e aproximadamente um milhão e meio de dispositivos FFP2, a fábrica exporta 25% da sua produção para países europeus, sobretudo para Espanha e França.

Emprega actualmente seis pessoas, mas ainda este mês o número de trabalhadores deverá aumentar para uma dezena, segundo Hélder Sousa, atendendo ao acréscimo de encomendas, principalmente “à grande procura de máscaras FFP2”.

“Existe uma brutal procura a nível europeu das FFP2 e notamos que eles procuram inclusivamente comprar de fabrico europeu em detrimento de outro tipo de origem”, sublinha o empresário.

A empresa “Hábito de Caminhar” admite “instalar mais uma linha ou duas de produção” para dar resposta às solicitações, caso a actual unidade de produção não seja capaz responder às encomendas.

Neste momento, a empresa garante o controlo de qualidade, “para garantir que aquilo que se está a fazer hoje e amanhã corresponde àquilo que foi testado e que cumpre com todas as normas”.

A produção de máscaras destina-se a unidades hospitalares e a distribuidores da área farmacêutica.

“As unidades fabris de uma forma geral e as nossas empresas de retalho também fizeram um ajuste, mudando o equipamento de proteção individual, utilizavam mais a máscara social e a cirúrgica mudando para o uso da FFP2”, conclui.

Relativamente a máscaras para crianças, a empresa ainda não as produz, no entanto, o proprietário garante que a empresa está “preparada para o fazer se o mercado assim o exigir”, embora neste momento não saiba se “vale a pena investir nesse tipo de equipamento”.

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