A empresa de confeções Helix, sediada em Paião, entrou em Processo Especial de Revitalização (PER), com uma dívida reconhecida de 4,3 milhões de euros.
A empresa, fundada em 1978 e especializada em lingerie, avançou com PER em abril, com uma dívida total reconhecida de 4,3 milhões de euros, sendo o maior credor a Segurança Social, com 879 mil euros devidos (20% do total dos créditos), segundo a lista provisória de credores publicada no final de maio no portal Citius e consultada pela agência Lusa.
As Finanças também surgem como um dos principais credores com uma dívida de 414 mil euros por parte daquela empresa.
Os restantes grandes credores são todos bancos e uma sociedade de garantia mútua, que em conjunto registam uma dívida reconhecida de mais de dois milhões de euros, de acordo com a lista provisória de credores.
A agência Lusa procurou obter esclarecimentos sobre o PER junto da empresa, mas a administração recusou prestar quaisquer declarações sobre o assunto neste momento.
Fonte do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis da região Centro referiu à Lusa que a empresa chegou a ter “um ou outro mês de salários em atraso, mas agora terá tudo em dia”.
“Há escassez de trabalho e, até agora, não podiam avançar com o layoff porque não tinham as contribuições da Segurança Social em dia”, explicou essa mesma fonte, referindo que “já houve um grupo de trabalhadores que foi despedido e parece que estará para sair outro grupo”.
Segundo a mesma fonte, o setor têxtil na região Centro “não está numa situação brilhante”, com muitas empresas em layoff por falta de trabalho.
A Helix terá “perto de uma centena de trabalhadores”, acrescentou.
No seu site, a empresa afirma que produz anualmente 700 mil peças de vestuário, sendo gerida por “duas famílias”, contando com três gerações ligadas à firma.