InícioEducaçãoCerca de 2.500 crianças aprendem saúde na Figueira da Foz com brincadeira...

Cerca de 2.500 crianças aprendem saúde na Figueira da Foz com brincadeira à mistura

A promoção da saúde escolar com jogos didáticos e tradicionais, e muita brincadeira à mistura, é um dos objetivos de uma iniciativa que decorre ao longo da semana, na Figueira da Foz, envolvendo cerca de 2.500 crianças.

Intitulada “A Saúde Mais Perto de Si” e promovida pela Unidade de Saúde Local (ULS) do Baixo Mondego, a atividade decorre num espaço exterior ao edifício do Hospital Distrital da Figueira da Foz e é dirigida a alunos dos 1.º e 2.º ciclos de estudos da Figueira da Foz e dos de Montemor-o-Velho e Soure.

“Queremos apostar na prevenção e que ela passe por todas as faixas etárias, mas estamos a dar especial atenção neste evento às crianças e à saúde escolar. Se queremos construir um SNS [Serviço Nacional de Saúde] mais forte, precisamos que todas as pessoas, pequenas e grandes, entendam a importância de nos ajudarem a ajudá-los na sua vida e nos seus hábitos quotidianos”, disse hoje à agência Lusa Ana Raquel Santos, presidente do Conselho de administração da ULS do Baixo Mondego.

A responsável enfatizou a importância de as mensagens relativas à saúde escolar serem transmitidas aos mais novos de modo que “a árvore dê frutos por muitos anos”.

“Estamos a plantar uma semente junto de uma criança, mas ela vai transmiti-la ao seu núcleo familiar e, com isso, garantimos uma transmissão muito mais abrangente da nossa mensagem”.

As diferentes escolas e os diferentes níveis de ensino têm diferentes abordagens sobre saúde, incluídas nos seus programas curriculares e, conforme constatou a agência Lusa, a organização apostou numa abordagem divertida – com brincadeiras em insufláveis e um circuito de carros a pedais – pensados para as crianças que esperavam pela sua vez de entrarem no percurso de oito paragens (comportamentos aditivos, saúde oral, alimentação saudável, alterações pubertárias, saúde mental, ‘bullying’, bactérias e vírus, e atividade física), cumpridos com recurso à interação com os pequenos destinatários, através de jogos didáticos ou tradicionais.

Ana Raquel Santos destacou a participação de equipas “motivadíssimas e muito empenhadas” de psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de saúde pública, para além de médicos e enfermeiros, e manifestou-se “completamente de coração cheio” face ao impacto da iniciativa junto das escolas e dos cerca de 30 profissionais de saúde que garantem a sua dinamização.

“As brincadeiras são temáticas e de acordo com as idades”, explicaram as responsáveis pela banca de Saúde Mental: “Neste caso, os alunos mais novos aprendem a reconhecer as emoções, mas com os alunos mais velhos já conseguimos aprofundar mais e fazer outro tipo de brincadeiras”.

Os programas de saúde escolar “estão incluídos nas áreas do Estudo do Meio e também na disciplina de cidadania, mas aqui consegue-se” outros resultados, disse, por seu turno, a professora Elsa, do Centro Escolar de São Julião/Tavarede, na Figueira da Foz.

Este tipo de atividades práticas, acrescentou, “promove um tipo de aprendizagem diferente, até a aprendizagem de estar em grupo”.

Paula Simões, professora da mesma escola, vincou a mais-valia de se aprender no meio da brincadeira: “O mais importante é, acima de tudo, sair da escola e este tipo de atividades, quando apresentadas, trabalhadas e explicadas por técnicos e especialistas, dizem mais aos alunos do que se for o professor a explicar”, notou.

Pub

Leia também