InícioRegionalAgricultores do Baixo Mondego reiteram exigência de medidas para escoar milho

Agricultores do Baixo Mondego reiteram exigência de medidas para escoar milho

A Associação Distrital de Agricultores de Coimbra (ADACO) reiterou a exigência de medidas urgentes que impeçam as importações desnecessárias do milho e avança que vai expor a situação ao Governo.

Esta associação de agricultores já tinha alertado, em Outubro, para a dificuldade do escoamento de milho e para o baixo preço na produção deste produto, no entanto, a situação tem vindo a agravar-se, afirma a ADACO, numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

De acordo com a associação, o preço do milho na produção há duas semanas era de 225 euros por tonelada e actualmente o valor não ultrapassa os 220 euros.

“Há um ano era vendido a 235 euros por tonelada, ou seja, o produtor chega a perder 150 euros por tonelada de um ano para o outro”, esclarece.

Em consequência desta situação, as unidades de compra de milho estão a recusar receber milho nacional, visto que estão a “abarrotar” deste cereal, fruto das importações, principalmente do Brasil, onde o produto é mais barato.

“Exemplo disso é a Lusiaves, maior consumidor de milho a nível nacional, que não está a comprar o milho seco nas cooperativas, abastecendo-se através de milho importado”, aponta.

“Há cerca de 8.000 toneladas de milho por escoar nos armazéns das três cooperativas agrícolas do Baixo Mondego [Montemor-o-Velho, Coimbra e Bebedouro, em Arazede]”, indica.

Relativamente às dezenas de milhares de toneladas de milho que já foi colhido, os agricultores têm de as “guardar em casa”, já que não têm para onde as levar.

Segundo a ADACO, esta situação põe em risco a colheita de milho no Baixo Mondego, que ronda uma área de cerca de 6.000 hectares.

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